quinta-feira, dezembro 06, 2007

Capítulo 3 - Geração de IU Baseada em Modelos - parte final

Descontando a tabela comparativa, de devo colocar em um segundo momento, essa é a seção que finaliza o Capítulo 3, sobre as MBUIDEs.

3.4
Visão geral sobre as soluções MBUIDEs

Considerando os trabalhos analisados e as soluções oferecidas, verifica-se que um grande avanço ocorreu desde as primeiras UIMSs. As soluções de geração baseada em modelos cresceram, e suas capacidades de geração e abrangência aumentaram significativamente. Através de seus variados modelos, as mais importantes facetas de um sistema podem ser documentadas, estruturadas e validadadas em níveis mais abstratos, o que é positivo para os desenvolvedores em geral. Utilizando algoritmos internos configuráveis em conjunto com diversas regras de transformação, as capacidades de geração das MBUIDEs se estendem muito além da geração de simples IUs, alcançando, muitas vezes, grandes porções de um sistema completo.

Entretanto, mesmo com esse progresso, observa-se que as soluções MBUIDEs parecem ter alcançado um ápice em meados da década de 1990, e que atualmente as equipes de desenvolvimento acabam optando por ferramentas mais simplistas, como editores WYSIWYG, utilitários de geração baseados em templates ou mesmo produtos caseiros (PUERTA e EISENSTEIN, 1999), (MRACK e MOREIRA, 2003). Causas desse distanciamento do cenário profissional são bem comentadas em vários trabalhos (PUERTA et al, 1999), (GRAY et al., 1998), (GRIFFITHS et al., 1997), (PINHEIRO, 2001) e tangem, principalmente, a fatores como a falta de reuso de padrões de mercado, a excessiva quantidade de configurações sobre muitos e diferentes modelos, a exigência de processos de desenvolvimento exclusivos e limitações frente ao roundrip de desenvolvimento. De fato, como exposto por alguns autores (SCHLUNGBAUM, 1997), (MYERS, 1994), as MBUIDEs existentes parecem servir mais como protótipos para testes de novas tecnologias, ou como experimentos de nível ainda acadêmico.

De forma geral, observa-se que as MBUIDEs podem apresentar soluções elegantes para o desenvolvimento de aplicações. Entretanto, para que se tornem opções de primeira linha, a minimização dos esforços para construção e configuração de seus modelos, o reuso de padrões de mercado e a integração com processos já existentes de análise, projeto e implementação são fatores cruciais.

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